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Doenças Transmitidas pelos Alimentos e pela Água


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Adriana Araújo: O Programa de hoje será dedicado a uma pessoa importante que Marabá perdeu. Tem pessoas que passam pela vida da gente e nos deixa uma marca e eu precisaria de mais de um dia para falar dessas marcas e ainda não seria suficiente para dizer de suas atitudes, da sua grandeza e dos grandes gestos e do ser humano especial que ele era para todos. Em um momento difícil contei com o seu grande apoio e eu tive vários contatos com o Gilberto Leite que acaba de nos deixar e a cidade chora a sua perda e vamos sentir muito a sua falta, a sua convivência, o seu sorriso. Acredito que temos uma missão a cumprir e após concluída retornamos à casa do Pai e foi isto que aconteceu com o Gilberto, cumpriu a sua missão aqui na Terra.

Uma vez ele me disse: "Adriana, se eu parar de trabalhar em paro de existir". Ele era um trabalhador e fez isso até o fim de sua vida sendo muito digno e não tenho palavras para descrever sobre o que ele fez para todos nós. Sei que vai deixar muitas saudades. É um amigo que nos deixa e dele vou guardar muitas boas lembranças no meu coração. Foi uma felicidade tê-lo conhecido e contribuído na minha vida. Vou guardar o seu sorriso e a sua amizade. Este Programa de hoje é dedicado à memória de Gilberto Leite e que Deus abençoe e console a sua família.

Bom dia aos nossos ouvintes e agradeço a presença dos meus convidados para fazermos mais um excelente debate e com muitos esclarecimentos. Meu agradecimento ao Bispo Nilson França da Igreja Mundial que está aqui conosco e fez uma leitura bíblica e orou por todos nós. Vamos conhecer um pouco mais sobre os debatedores do programa de hoje.

Drª. Ellen Rezende Galvani: Bom dia Adriana e bom dia à todos que ouvem neste momento. Eu sou formada em Engenharia de Alimentos pela Universidade de Viçosa, Minas Gerais. Sou Mestre em Ciência de Alimentos pela Unicamp, São Paulo. Tenho 13 anos de trabalho na VET PLUS na área de Controle de Água e de Alimentos.

Realmente o Gilberto Leite foi muito especial e amigo da gente e queremos prestar as condolências à família, aos amigos deste Grande Homem que hoje nos deixa. Realmente foi um homem que lutou sempre e foi um exemplo para nós e ele sempre enfrentava as dificuldades de cabeça erguida. Deixa um legado importante para a cidade. Mesmo abalados estamos gratos à Deus por nos ter permitido conviver com o Gilberto Leite.

A gente também agradece pelo convite para estarmos aqui. A VET PLUS tem sido parceira do Programa Diário Semanal e hoje vamos tratar de um assunto muito importante.

Drª. Silla Esse A. Dantas: Eu sou Médica Veterinária formada pela Universidade Federal do Tocantins e trabalho na área da qualidade de alimentos de produtos de origem animal. Sou colaboradora da VET PLUS que é uma empresa importante para a cidade e estou na área da qualidade de serviços laboratoriais.

Drª. Solange Ipiranga da S. Albuquerque: Sou Tecnóloga de Alimentos formada pela Universidade do Estado do Pará e estou há três anos junto à família VET PLUS e agradeço pelo convite para o debate importante deste dia.

Adriana Araújo: Vamos iniciar com uma Mensagem para Reflexão aos ouvintes e a toda a equipe da VET PLUS.

Quem feriu você já feriu e já passou.

Lá na frente encontrará o Inevitável retorno e pelas mãos de outrem será ferido também.

A Vida se encarregará de dar-lhe o troco e você, talvez, jamais fique sabendo.

O que importa de verdade é o que você sentiu e, mais importante, é o que ainda você sente:

Mágoa? Rancor? Ressentimento? Ódio?

Você consegue perceber que esses sentimentos foram escolhidos por você?

Somos nós que escolhemos o que sentir diante de agressões e de ofensas.

Quem nos faz o mal é responsável pelo que faz, mas NÓS somos responsáveis pelo que sentimos.

Essa responsabilidade tem a ver com o Amor que devemos e temos que sentir por nós mesmos.

O ofensor fez o que fez e o momento passou, mas o que ficou aí dentro de você?

Mágoa – Você sabia que de todas as drogas ela é a mais cancerígena?

Pela sua própria saúde, jogue-a fora.

Rancor – Ele é como um alimento preparado com veneno irreconhecível: dia mais, dia menos, você poderá contrair doenças de cujas origens nem suspeitará.

Ressentimento – Pois imagine-se vivendo dentro de um ambiente constantemente poluído, enfumaçado, repleto de bactérias e de incontáveis tipos de vírus: é isso que seu coração e seus pulmões estão tentando agüentar.

Até quando você acha que eles vão resistir?

Por seu próprio Bem e pelo seu Bem, perdoe.

O perdão o libertará e o fará livre para ser feliz.

Esqueça o mal que lhe foi feito.

Deixe que seu ofensor lembre-se dele através das conseqüências com que, certamente, virá a arcar.

Mude seu destino… Seja o comandante da sua nau!

Escolha o melhor caminho para sua “viagem”

E se outras vezes o ferirem, perdoe…

Perdoe… Como Cristo perdoou os que o crucificaram.

Que DEUS, em sua infinita bondade cubra você e sua família de muita Paz, Saúde e Prosperidade…

Adriana Araújo: Agora vamos conhecer mais sobre o que são as Doenças Transmissíveis por Alimentos e Água (DTA).

As Doenças transmitidas por água e alimento (DTAs) são todas ocorrências clínicas consequentes à ingestão de alimentos que possam estar contaminados com micro-organismos patogênicos (infecciosos, toxinogênicos ou infestantes), toxinas de micro-organismos, substâncias químicas, objetos lesivos ou que contenham em sua constituição estruturas naturalmente tóxicas, ou seja, são doenças consequentes da ingestão de perigos biológicos, químicos ou físicos presentes nos alimentos. Um surto de DTA é definido como um incidente em que duas ou mais pessoas apresentam uma enfermidade semelhante após a ingestão de um mesmo alimento ou água, e as análises epidemiológicas apontam os mesmos como a origem da enfermidade. Entretanto, um único caso de Botulismo ou envenenamento químico pode ser suficiente para desencadear ações relativas a um surto devido à gravidade desses agentes. Para que uma DTA ocorra, o patógeno ou sua(s) toxina(s) deve(m) estar presente(s) no alimento ou água. Entretanto, apenas a presença do patógeno não significa que a enfermidade ocorrerá.

São doenças que ocorrem devido à ingestão de alimentos, bebidas e água, contaminados por: microrganismos como bactérias, vírus, parasitas, príons e toxinas; ou por produtos químicos, agrotóxicos e metais pesados ou outros contaminantes. São conhecidas, também, como infecção ou intoxicação alimentar.

Os sintomas mais comuns são: diarreia líquida, náusea, vômitos, cólicas abdominais, e febre em alguns casos. Os sintomas podem durar de um dia a uma semana, em geral três dias. Alguns microrganismos podem causar sintomas mais graves, como distúrbios neurológicos, nos rins, no fígado, alérgicos, infecção generalizada, e até morte.

Você precisa saber quais são as causas mais frequentes que resultam na contaminação dos alimentos. Um dos principais problemas é o preparo inadequado do alimento, seja pela falta de higienização da matéria‐prima, ou pela falta de higienização das mãos e dos utensílios e das superfícies da pia, pelo cozimento inadequado, etc. Manipuladores de alimentos, com lesões na pele ou com ferimentos nas mãos, podem transmitir microrganismos para os alimentos e causar doenças nos consumidores. Outro importante problema é o hábito de deixar os alimentos preparados ou suas sobras muito tempo fora da geladeira, isto é, em temperatura ambiente. Sabe‐se que duas horas após seu preparo, bactérias e toxinas começam a se desenvolver/multiplicar‐se nos alimentos.

Determinados hábitos alimentares também contribuem para a ocorrência dessas doenças: a ingestão de determinados produtos de origem animal (carnes bovina, suína, aves, ovos, peixes e frutos do mar, leite e derivados não pasteurizados), crus ou mal cozidos, representam importante fator de risco para a ocorrência de gastrenterites e de outras formas de doenças transmissíveis pela água. Verduras cruas e frutas devem sempre ser higienizadas e desinfetadas antes de se consumir.

Os tratamentos estão disponíveis para todos. Para a doença diarreica aguda/diarreia aguda/gastrenterite, o tratamento básico é feito a partir de ingestão de sais hidratantes orais, e de muito líquido (água potável/tratada, sucos). Para os casos mais graves que exijam internação, pode ser necessária hidratação endovenosa e outros procedimentos médicos dependendo das manifestações clínicas e dos órgãos afetados. Não há vacinas para a grande maioria de agentes que provocam doenças. Há vacina para determinados tipos de rotavírus (indicada para crianças menores de 1 ano) e contra a hepatite A. As vacinas contra a cólera e febre tifoide não oferecem imunidade duradoura e são utilizadas em situações específicas.

Abaixo uma lista de ações preventivas para você não ser contaminado:

*Cozinhar, assar ou fritar muito bem as carnes (bovina, suína, aves, peixes) e todos os alimentos de origem animal, como ovos;

*durante o preparo, procure não misturar os alimentos. Depare os que já foram lavados dos que ainda não foram. Não utilize a mesma faca para cortar alimentos diferentes. Talheres e tábuas de madeira devem ser muito bem lavados com água e sabão e deixados secar completamente antes de serem guardados;

*lavar sempre as mãos antes de iniciar o preparo dos alimentos, antes de comer, após utilizar o banheiro e ao chegar da rua;

*lavar bem frutas e verduras, com água potável;

*comprar alimentos de origem animal de fontes confiáveis. Não compre produtos de origem clandestina ou desconhecida;

*sempre aquecer ou reaquecer os alimentos antes de consumi-los, mesmo que estejam guardados em geladeira;

*em padarias e confeitarias, não consuma tortas, bolos ou salgados recheados que estejam em temperatura ambiente. Esses produtos devem ser mantidos refrigerados;

*as sobras de alimentos devem ser guardadas em geladeira. Duas horas em temperatura ambiente são suficientes para que micro-organismos e toxinas comecem a se desenvolver;

*latas e garrafas de refrigerantes ou outras bebidas devem ser lavadas com água e sabão antes de serem guardados em geladeira e ou consumidos;

*maioneses e outros molhos devem ser consumidos quando estiverem em saches. Não consuma esses alimentos quando acondicionados em bisnagas e frascos reutilizáveis;

*observe sempre a higiene e a forma como os alimentos são acondicionados ao comer fora de casa.

Não seja você uma fonte de transmissão para outras pessoas ‐ se você estiver doente, evite preparar alimentos que serão consumidos por outras pessoas, pois pode haver contaminação e propagação para outras pessoas. Diarreias, febre tifoide, hepatite A, e inclusive gripes e resfriados, podem ser veiculados para outras pessoas quando contaminam alimentos que foram preparados por pessoas com essas doenças.

Uma dica importante: Apenas um médico pode diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.

Adriana Araújo: Vamos conversar com os nossos convidados. Qual a diferença entre intoxicação e infecção alimentar?

Dra. Ellen Rezende (Vet Plus): O assunto do programa de hoje é de muita importância para todos os ouvintes porque estamos discutindo sobre saúde. Achamos que ficamos doentes e devemos ter bons médicos, bons hospitais para recuperar a nossa saúde. Eu vi uma entrevista do Dr. Dráuzio Varela na televisão e ele falou que o nosso grande desafio é prevenir para que as pessoas não fiquem doentes porque o tratamento é muito caro e você estando doente não vai conseguir trabalhar, pode perder o emprego, perder o convívio familiar, ou seja, trás grandes perdas.

Ressalto novamente que estamos discutindo sobre saúde e isto é muito sério. Vamos esclarecer sobre o que foi perguntado. A intoxicação alimentar é uma doença de origem alimentar obtida quando consumimos um alimento contaminado por um micro-organismo que cresce dentro desse alimento e produz toxinas. São vários organismos que são tóxicos e a toxina vai fazer mal para você.

A infecção ocorre quando você come um alimento contaminado por micro-organismos e no seu intestino vai se desenvolver, vai crescer e pode produzir ou não toxinas, mas, ele vai crescer dentro de você e vai lhe causar alguma doença.

Nós temos micro-organismos mais provocantes de intoxicação e alguns que são mais infectantes. Temos também um limiar, por exemplo, não sei se todos já ouviram falar da doença, a dor de cabeça para quem trabalha com alimentos chama-se botulismo e, por que ela é a nossa dor de cabeça? Por que ela é um micro-organismo que cresce e produz uma toxina altamente letal e quando não é letal provoca sequelas como a paralisia do sistema nervoso central, pode provocar a paralisia da fala, pode cegar e até deixar a pessoa com paralisia e isto tudo causado por um alimento. As pessoas pensam assim: comi uma coisa e me deu diarreia. Mas, não é somente a diarreia, pode provocar, inclusive, uma pneumonia.

O botulismo é basicamente intoxicação. Muitos pediatras não recomendam dar mel a uma criança de até dois anos de idade. Os médicos consideram que normalmente o mel é um alimento que já vem contaminado com bactérias capazes de produzir o botulismo. No caso da criança, nesta idade, ela ainda não possui uma defesa imunológica forte e a bactéria pode desenvolver-se no intestino da criança e produzir essa toxina e ter o botulismo por uma infecção e não por intoxicação como é normal acontecer no adulto. E, na maioria dos casos o botulismo é fatal. Mas, algumas pessoas sobrevivem com alguma sequela.

Adriana Araújo: O que é contaminação cruzada?

Drª. Silla Danta (Vet Plus): Durante a preparação dos alimentos a gente precisa ter alguns cuidados para garantir as condições de higiene e as condições para o consumo. A contaminação cruzada ocorre quando há alguma falha na manipulação ou o contato do alimento com outro que esteja contaminado. Com relação a contaminação cruzada precisamos estar atentos, termos o cuidado durante o preparo, na manipulação e armazenamento para não contaminar o alimento apto para o consumo. Essa contaminação pode ser decorrente de outro alimento ou até mesmo proveniente da mão do manipulador.

Drª. Ellen Rezende (Vet Plus): Eu vou falar para o pessoal da Rural, vamos falar da galinha que possui na pele alguns micro-organismos que são contaminantes. Setenta e nove por cento da população mundial tem no nariz e nas mucosas as bactérias chamadas de staphylococcus que normalmente não produz nada, mas, se você tossir ou expirar numa carne, por exemplo, essa bactéria vai crescer e se for ingerida junto com esse alimento, essa pessoa vai ter problema como diarreia, náuseas e vômitos. Astaphylococcus é uma bactéria que está em você sem lhe causar nenhum problema.

Na manipulação recomenda-se o uso de máscara, principalmente se você tiver com gripe. A pessoa gripada ao expirar vai contaminar o alimento que estiver à sua frente. Também se recomenda que se lave a mão porque, vez ou outra você passa a mão no nariz, no cabelo.

Eu quero falar que na Zona Rural é muito comum a criação de galinhas. E, as galinhas tem uma bactéria na cloaca chamada de Salmonela e essa bactéria passa para a casca do ovo. Mais de noventa por cento dos ovos de galinha estão contaminados na casca, exteriormente com essa bactéria. Vamos a um exemplo prático: você vai fazer uma omelete, vai ao quintal e pega os ovos, deixa na pia. O ovo que você vai usar para a omelete você os lava e deixa os outros sem lavá-los. Sei que neste momento não vai usar os demais ovos e por isso não os lava e eu recomendo para lavá-los todos. Os outros ovos ficam na pia sem serem lavados e você começa a quebra-los. Bem próximo está o prato que você vai usar e também os talheres. Você frita os ovos e teoricamente o fogo eliminou a salmonela, mas, na hora que você partiu usou uma colher que estava na pia junto aos ovos não lavados (contaminados) e, então, nesse caso a colher está contaminada ou mesmo é o caso da mão estar contaminada. Embora a omelete esteja bem feita, mas, foi usado um utensílio que não foi lavado e a salmonela é consumida.

Adriana Araújo: Posso consumir um produto vencido? Existe um prazo após o vencimento para uso deste produto?

Drª. Solange Albuquerque (Vet Plus): Há muitas discussões sobre este assunto. O ideal é que não se consuma alimento após o vencimento ou após o seu prazo de validade. A questão do prazo de validade, geralmente no alimento consta uma orientação ao consumidor que, após ser aberto consumir em até três ou quatro dias. O ideal é que esteja armazenado em perfeitas condições para que as características dele sejam mantidas. O alimento que não foi armazenamento corretamente pode provocar uma intoxicação ou infecção alimentar.

Drª. Silla Dantas (Vet Plus): Um assunto que a gente pode discutir é, como se define o prazo de validade, como entender se a gente pode ou não consumir um alimento vencido. Para se definir o prazo de validade de um alimento as empresas pegam os alimentos e colocam sob condições que geralmente eles vão estar depois de fabricados e fazem o acompanhamento sobre as condições microbiológicas e físico-químicas, ou seja, vão acompanhando até quanto tempo esse alimento mantém as suas características para serem consumidos. A partir de então, é definido o prazo de validade. Um alimento com prazo vencido não necessariamente pode estar inapto, mas, significa que esse alimento perdeu a sua validade e não é mais garantido o seu consumo com segurança. Por isso, é muito importante se atentar e obedecer aos prazos de validade.

Drª. Solange Albuquerque (Vet Plus): Quando o alimento ultrapassa o prazo de validade não significa que esteja inapto para consumo, também pode acontecer que ainda esteja no prazo de validade, mas, por conta de armazenamento ou acondicionamento inadequado pode se tornar impróprio para o consumo. Mas, se está vencido a nossa orientação é para que não seja consumido.

Bispo Nilson França (Igreja Mundial): Já aconteceu de eu ver um alimento na prateleira de um supermercado já vencido na sua validade e, como o estabelecimento comercial deixa esse produto exposto para venda sem nenhuma preocupação, o problema pode afetar diretamente o consumidor que não observou a validade ou o vencimento. Neste caso, o ouvinte pode estar preocupado e sem saber o que fazer.

Adriana Araújo: A preocupação maior de olhar a data de validade é do consumidor e, esta situação pode acontecer por conta de algum descuido de uma pessoa encarregada dessa verificação. Existe uma orientação para que estes produtos sejam recolhidos das prateleiras. Mas, se haver má fé do estabelecimento o consumidor pode recorrer ao PROCON e fazer a sua reclamação.

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Adriana Araújo: Estamos recebendo de volta ao nosso programa o francês mais brasileiro, Manoel Wambergue. Estava fazendo muita falta. Bom dia e seja bem vindo.

Manoel Wambergue: Bom dia Adriana, ouvintes e às pessoas dessa mesa maravilhosa de debate. Estamos com muita gente de gabarito para responder todos os questionamentos. Vamos falar sobre saúde, de problemas do nosso dia-a-dia, de cuidados com a água e com os alimentos que consumimos, são coisas simples e importantes. Estou de volta após me ausentar por três sábados e vamos para um programa que vai ajudar à todos os ouvintes.

Adriana Araújo: O que são aditivos alimentares e quais suas vantagens e desvantagens?

Drª. Ellen Rezende (Vet Plus): Aditivo é tudo aquilo que é colocado no alimento que ele não tinha antes de ser processado. O sal pode ser considerado como um aditivo quando ele é colocado no alimento e outros mais elaborados com o objetivo de dar sabor, conferir cor ou aumentar a vida útil deste nas prateleiras.

Quais as vantagens e desvantagens, vamos falar agora. Criou-se uma cisma sobre o uso de aditivos nos alimentos e ficou conotado que era sempre ruim a sua adição. Isso não é necessariamente uma verdade. Na Universidade em Viçosa eu tinha um professor que dizia que a Coca-Cola é totalmente artificial e o veneno de cobra é natural, é completamente natural. Então, é melhor você tomar um copo de Coca-Cola que é artificial do que tomar um copo de veneno de cobra. Ele queria dizer que devemos ser criterioso na escolha dos aditivos.

O emprego dos aditivos é vantajoso? Claro que sim. Existem alguns produtos que existem por que possuem aditivos para a sua conservação, por exemplo, em um ambiente em que não há condições de resfriamento, a carne pode ser salgada com o objetivo de aumentar o seu tempo de conservação para consumo, graças ao uso do sal neste alimento.

Também há desvantagens. Alguns aditivos devem ser colocados na medida correta e você precisa a quantidade que se pode consumir em um dia, pois, o consumo em excesso vai fazer mal a saúde, como é o caso do próprio sal, que, consumido na quantidade correta trás benefícios e, de forma exagerada vai causar doenças como a hipertensão, por exemplo.

Adriana Araújo: São obrigatórias as informações sobre os aditivos alimentares nas embalagens?

Drª. Ellen Rezende (Vet Plus): Os aditivos precisam estar nos rótulos. As empresas são obrigadas a divulgar todos os aditivos que são colocados naquele determinado alimento e descrever todos os ingredientes utilizados, porque há coisas que são inerentes aos alimentos, mas, que, podem provocar alergias como é o caso do glúten. Existem pessoas que a gente chama de doentes ilíacas, elas não possuem no organismo uma enzima capaz de degradar o glúten e neste caso, ao consumirem o glúten podem vir a morrer. No rótulo precisam estar descritos os ingredientes, a data de validade e os aditivos utilizados.

Manoel Wambergue: Quanto às informações que são obrigatórias para a gente ler o que está escrito não é fácil. A gente precisa de uma lente potente para ler as letrinhas miúdas, principalmente quando a gente quer saber sobre os aditivos corantes e os que proporcionam os sabores. Como é que um leigo vai conseguir saber o significado daqueles números que aparecem nos rótulos, dos aditivos? Como ver isso na internet e como e aonde procurar essas informações?

Drª. Ellen Rezende (Vet Plus): Há uma briga dentro dos ministérios da Agricultura e da Saúde com relação a isso. As empresas justificam que falta espaço nas embalagens e há grandes e pequenas embalagens onde é quase impossível escrever tudo que é necessário neste pequeno rótulo. Ainda não se chegou ao meio termo para essa questão.

As informações podem ser encontradas nos sites oficiais: www.agricultura.gov.br do Ministério da Agricultura e, www.ms.gov.br do Ministério da Saúde. Os ouvintes podem pesquisar quanto aos corantes e lá tem todos.

Uma dúvida muito grande das pessoas é quanto aos tipos de corantes, os artificiais, os naturais e os idênticos aos naturais. Os corantes naturais são aqueles colhidos de plantas, por exemplo, o urucum que é extraído de uma planta e eu uso passo a utilizá-lo naturalmente.

O corante artificial é produzido em laboratório através de uma reação química. Já o corante idêntico ao natural é produzido por micro-organismos, eu faço o micro-organismo produzir o corante que é quimicamente igual aquele da planta, mas, que é produzido industrialmente.

Adriana Araújo: O alimento geneticamente modificado é seguro? Por que a preferência aos alimentos naturais, em vez de alimentos conservados em latas ou outras embalagens?

Drª. Silla Dantas (Vet Plus): Vamos entender inicialmente o que é um alimento geneticamente modificado e o conservado em latas. Há diferenças entre esses dois produtos.

O alimento geneticamente modificado passou por algum processo, em laboratório ou em uma seleção natural com alteração em algumas características. O geneticamente modificado atualmente é muito comum. Esse alimento que consumimos hoje é diferente de tempos anteriores. O frango, por exemplo, que a minha avó consumia, hoje as características dos frangos foram alteradas por meios naturais de seleção. Há nesta seleção a mistura de raças através de cruzamentos para a obtenção de melhores características em relação ao produto final, isto se chama de modificação genética natural, como também existem modificações genéticas feitas em laboratórios.

O alimento conservado em latas recebem uma substância ou um aditivo para sua conservação. Nem sempre este alimento conservado em lata é geneticamente modificado.

As pessoas, por desconhecimento de alguns processos ou alguns significados criaram barreiras e não querem consumir alimentos geneticamente modificados, acham que não é seguro. Mas, isto não é verdade.

Drª. Ellen Rezende (Vet Plus): O alimento geneticamente modificado é seguro? Isto depende da modificação genética, como foi feita e quanto tempo já está no mercado e quais são os testes feitos. Se for geneticamente modificado não quer dizer que seja uma coisa ruim. Há muitos alimentos geneticamente modificados que são seguros tanto do ponto de vista ambiental quanto para o consumo. Mas, ainda há alguns que eu ainda não conheço as pesquisas, ainda não tenho base científica que me dê segurança para dizer se é bom.

Manoel Wambergue: Eu sou Engenheiro Agrônomo e trabalho na agricultura familiar. Eu observo que todo organismo é um sistema complexo. Qualquer coisa que venha a intervir neste sistema, que provoque modificação, vai ter um efeito desconhecido e é preciso verificar o que vai acontecer. É como disse a Doutora Ellen, em qualquer modificação temos que ter certeza de quais são as consequências e efeitos.

Drª. Ellen Rezende (Vet Plus): Com relação a preferencia aos alimentos naturais ao invés dos conservados em latas ou outras embalagens, o natural é aquele alimento fresco, porque o que dentro da lata também é um alimento natural. O alimento fresco tem algumas características que vão conferir saúde, desde que se tenha o cuidado com a higiene, de lavar bem as frutas e verduras, ferver a água que vai usar e ter todas as garantias que são as vitaminas e sais minerais do alimento. Algumas vezes você não consegue alimentos frescos na quantidade e no local desejado e, por conta disto existe a facilidades dos alimentos embalados e processados corretamente com as devidas garantias das propriedades destes alimentos.

Adriana Araújo: O processo de congelamento é suficiente para destruir os micro-organismos? Equal a forma exata para descongelar alimentos? O que pode ocorrer quando não são descongelados de forma correta?

Drª. Solange Albuquerque (Vet Plus): O congelamento é um processo para armazenamento e quando se faz isso é para se ter este alimento na condição de ser processado para consumo. O congelamento só vai retardar o crescimento de qualquer micro-organismo dentro do alimento e não serve para destruir micro-organismos. Às vezes o alimento é deixado por longo período de tempo em cima de uma pia, como forma de acelerar o descongelamento, mas, está não é a forma correta. A maneira correta é retirar o alimento do congelador e colocar na geladeira para que ele descongele naturalmente sem sofrer nenhum choque térmico. Se você retira e já coloca na pia, vai permitir o crescimento de micro-organismos e isto vai prejudicar a qualidade deste alimento.

Drª. Ellen Rezende (Vet Plus): o fato de você congelar não serve para matar bactérias. Nós estamos muito focados nos micro-organismos e temos que pensar que a segurança alimentar não está ligada apenas a eles. Vamos a um exemplo, quando se consome uma carne, primeiro você a compra e põe para congelar em casa. Ao consumir a carne você vai consumir proteínas, ferros e outros nutrientes importantes. Quando você descongela de forma errada, tem gente que põe o alimento numa bacia e deixa no sol para descongelar mais rapidamente e depois frita essa carne como forma de matar os micro-organismos. Mas, quando você descongela, pega o saquinho lá dentro ficou uma água vermelha que estava na carne e saiu levando na agua os nutrientes e vitaminas. E, você agora vai consumir um produto com o valor nutricional reduzido, tudo por conta do descongelamento inadequado.

Bispo Nilson França (Igreja Mundial): Eu quero fazer uma importante pergunta. Como deve ser a carne que devemos consumir, mal passada ou bem passada?

Drª. Solange Albuquerque (Vet Plus): É uma pergunta interessante e envolve gostos pessoais. Do ponto de vista sanitário o correto é que a carne seja passada, da mesma forma com outros alimentos, que devem ser consumidos cozidos corretamente. O processo de cozimento é uma das formas de se eliminar algum tipo de micro-organismo que ainda possa estar presente no alimento.

Drª. Ellen Rezende (Vet Plus): Existem algumas formas de garantias das propriedades da carne, por exemplo. Como no abate do animal, da sangria correta e de todo o procedimento. Quando você vai consumir, o ideal é que este produto, no caso da carne, que o animal foi abatido e com a garantia de saúde de um médico veterinário, que foi capacitado para reconhecer se o animal, no abate, tem algum problema de saúde, se tinha brucelose ou tuberculose, ou qualquer outra doença que possa causar mal a saúde de quem vai consumi-la.

No campo ainda acontece de morrer um animal machucado e as pessoas resolvem aproveitar a carne. Não sou contra aproveitar a carne. Acho que pode aproveitar sim, mas, com critério. Você até pode saber que este animal se machucou, mas, não tem como saber se ele estava tuberculoso e, se você consumir essa carne mal passada ou quase crua, como alguns gostam, vai ter consequências na sua saúde.

Existem muitas doenças transmitidas por alimentos, são as chamadas doenças entéricas, relacionadas a parte do intestino. Em pessoas com imunidade baixa pode provocar pneumonia, infecção urinária e até mesmo uma meningite, tudo por causa de uma bactéria alimentar. Também a diarreia e, com 15 a 20 anos depois pode sofrer de uma artrite ou de uma artrose relacionada àquela bactéria alimentar de 15 anos atrás que você nem deu muita importância.

Drª. Solange Albuquerque (Vet Plus): A Doutora Ellen falou do tempo que as doenças podem surgir por conta de alimentos consumidos com bactérias. A contaminação química também pode provocar doenças transmissíveis por alimento. Eu fiz um estudo sobre a contaminação por metais pesados nos alimentos e nos pescados. Realmente ocorre muita contaminação por mercúrio, um metal bio-acumulável no organismo e inserido na cadeia alimentar do peixe e transmitido a este e que será consumido por nós, ou seja, é a questão da má alimentação que durante muitos anos pode provocar doenças na vida das pessoas.

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Vamos às perguntas finais: Qual a diferença entre um alimento estragado e um alimento contaminado? Como é que as substâncias radioativas entram na cadeia alimentar?

Drª. Silla Dantas (Vet Plus): O alimento contaminado é aquele que tem a presença de um micro-organismo ou de uma substancia química que pode causar uma doença. O alimento estragado não necessariamente vai causar uma doença. Um exemplo, o leite que você vai tomar, por alguma razão ele qualha de um dia para o outro, teoricamente está estragado, mas, não está contaminado por algum micro-organismo ao ponto de causar uma doença. Temos os micro-organismos patogênicos que provocam doenças. Os que são benéficos auxiliam na parte da indústria de alimentos e os que, embora não causem doenças, alteram a composição físico-química dos alimentos com a cor, o odor e o sabor, sem causar necessariamente doenças.

Adriana Araújo: A gente ainda usa o leite que qualhou e virou qualhada. Eu vi em um laboratório o que é a qualhada e, de lá para cá nunca mais quis saber. Era tanta coisa nessa qualhada que eu fiquei com medo, mas, a gente sabe que a qualhada é um alimento saudável.

Drª. Ellen Rezende (Vet Plus): A Drª. Silla explicou muito bem sobre o alimento estragado e o contaminado. Com relação a questão das substâncias radioativas, hoje a gente tem algumas formas de se fazer a esterilização nos alimentos. Uma das formas é com o uso da radioatividade, quer dizer, são luzes com a emissão de ondas capazes de matar micro-organismos. Estudos comprovam esse uso, garantido, capaz de eliminar os micro-organismos que sejam sensíveis à esterilização por outra forma. Às vezes, com o uso do calor ocorre uma mudança na composição e na estrutura das proteínas e gorduras do alimento. Quando você não pode fazer isso ou, não se deseja fazer, hoje já se tem formas radioativas de eliminar os micro-organismos sem prejudicar a nossa saúde.

Manoel Wambergue: Para nós da agricultura familiar, quando falamos de alimentos contaminados, não podemos esquecer-nos dos agrotóxicos que são produtos tóxicos por definição. Portanto, causa problemas à saúde e tem alguns que são sistêmicos, ou seja, ficam alojados no organismo do ser humano e é transmitido, por exemplo, pelo leite materno, ou até mesmo ao bebê que ainda está no útero da mãe. O agrotóxico também pode complicar a saúde do trabalhador quando da sua aplicação e até mesmo numa contaminação alimentar.

Chamo a atenção para a necessidade de se verificar, de se fazer uso com segurança de qualquer produto tóxico, principalmente em produtos como verdura que não são servidos e, para consumo precisa-se de uma boa lavagem.

Adriana Araújo: Lembrando agora de um caso que ficou muito conhecido por muita gente, da morte do cantor sertanejo Leandro que morreu depois de muitos anos que trabalhava no cultivo de tomates e fazia uso de agrotóxicos. Foram muitos anos trabalhando e ele teve um tumor gigante no pulmão. Essa informação está na internet.

Drª. Ellen Rezende (Vet Plus): se formos nos estender, temos assunto para mais de um mês de programa. É muito comum, principalmente fora das cidades, onde há dificuldades de acesso e o estoque de alguns produtos é feito em garrafas pet. Usam-se as garrafas para colocar o leite, para colocar água na geladeira e, sem querer, pode estar um material contaminado. As garrafas pet, quando a gente coloca uma coisa lá dentro ocorre uma troca entre o que foi colocado e o plástico. É preciso ter muito cuidado com o uso das embalagens, com a reutilização e sobre o alimento que vai ser armazenado.

Às vezes a gente recebe gente, no nosso laboratório, querendo analisar água e, trazem o material numa garrafa pet. Este material, para análise não é aceito, a garrafa tinha outro material antes e pode ter contaminado e na análise a água pode estar com material do plástico e este laudo vai sair impreciso.

É importante ter muito cuidado com a lavagem dos utensílios e armazenamento. Deve-se evitar colocar juntos produtos de limpeza perto de alimentos porque tudo isso pode causar uma contaminação cruzada. Até mesmo na colocação destes produtos no carrinho do supermercado, tem que coloca-los em carrinhos separados.

Adriana Araújo: Quais os problemas causados ao ser humano ao beber uma água de má qualidade?

Drª. Ellen Rezende (Vet Plus): A minha preocupação com a água é bem maior do que com alimentos. Para você tomar uma água você não precisa do alimento, mas, o contrário não é verdadeiro, e não há alimento que seja consumido sem o uso da água. Uma fruta você vai precisar lavar, se vai preparar um arroz vai se necessário lavar e adicionar a água na preparação. Tem o caso do copo com água, você olha e jura que está tudo puro, lindo, uma maravilha, mas, por alguma razão ela pode estar contaminada quimicamente e esse problema é invisível.

Bispo Nilson França (Igreja Mundial): Tem o caso do arroz parbolizado e muitas pessoas não o lavam no momento da preparação, então, é um arroz limpo e soltinho e, será que existe algum risco de contaminação?

Drª. Ellen Rezende (Vet Plus): Há uma discussão enorme quanto a isso. Muitos nutricionistas defendem que não há a necessidade de lavagem do arroz, porque as vitaminas estão nas cascas. Aquela água branca da lavagem significa que você está tirando a vitamina do alimento. O outro grupo, do qual faço parte, acha que não há um problema, porque todo alimento não vem direto do campo para a mesa, passa pelo processo de estocagem e, nesta etapa, pode pegar uma praga de barata, de rato e quando vai para o ensacamento o produto não é lavado, significa que, deve ser lavado como garantia de retirada de impurezas e de eliminação da contaminação.

Chamo atenção especial, muito cuidado com o arroz que é vendido à granel, ele geralmente fica exposto e com pouco controle pouco eficiente e este produto tem grande possibilidade de estar contaminado, por isso eu aconselho para sempre lava-lo cuidadosamente.

Manoel Wambergue: Vou acrescentar uma palavrinha. Está acontecendo uma coisa incrível, quase metade dos alimentos produzidos estão sendo perdidos, desde a colheita à estocagem, no transporte e na comercialização até chegar em nossa casa. A gente comprou esse alimento, pagamos os impostos e estamos perdendo de ganhar muita coisa. Eu sugiro que todos tenham mais cuidado com os alimentos. O que é desperdiçado deixa de alimentar muita gente e nós estamos acostumados em armazenar e conservar os alimentos de maneira inconveniente e isto estar causando contaminação. Olha o que nós falamos aqui é preciso aprender a armazenar e conservar, ter o hábito de lavar antes de consumir todos os alimentos.

Adriana Araújo: A VET PLUS está localizada na Folha 31 Quadra 06 Lote 05-A - Nova Marabá, bem próximo à Justiça do Trabalho. Se você sentir necessidade de fazer uma análise de laboratório, vai lá na Vet Plus e você será muito bem atendido.


 
 
 

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Eduarda Araújo
Blogueira
Eduarda Araújo

Pós graduada em Gestão de Pessoas, atualmente Analista de Recursos de Infração e Blogueira. Executa trabalhos sociais de dança e teatro em instituições religiosas 

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