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Entrevista com Ítalo Ipojucan sobre investimentos para Marabá e Região - Parte 1


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Empresário Ítalo Ipojucan

Adriana Araújo: A fim de presentear nossos leitores, decidimos fazer uma entrevista com uma pessoa muito importante para Marabá e para o Estado do Pará, consideramos com um de seus maiores defensores. Vamos falar de coisas agradáveis e desagradáveis. O nosso entrevistado é o Sr. Ítalo Ipojucan de Araújo Costa, é empresário de sucesso proprietário da empresa DACAR RENT A CAR, ex-vice ­prefeito de Marabá, ex-presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Pará), ex-secretário da Secretaria Municipal de Indústria, Comércio, Mineração, Ciência e Tecnologia de Marabá (Sicom), ex-presidente da Associação Comercial e Industrial de Marabá, reeleito em dezembro de 2014. Com nossos votos de sucesso e grandes realizações em suas empresas e à frente da Associação Comercial. 1. A sua volta à Associação Comercial e Industrial parece dar novo ânimo à classe empresarial, comercial e industrial, muitas esperanças para que tenhamos um norte em nossas atividades econômicas. Mais do que a leitura de um momento atual, de atuar pontualmente, como você pretende desempenhar suas atividades junto aos empresários? Você pretende discutir com a sociedade, realizar um diagnóstico da atual crise para depois planejar suas ações voltadas ao comércio e à indústria?

Ítalo Ipojucan (Presidente da ACIM): Não acredito que seja um novo ânimo, a luta da ACIM tem sido constante de forma que o que não tem faltado é ânimo. Em virtude dos inúmeros investimentos anunciados para Marabá e região, já de algum tempo que a ACIM tem se dedicado também ao acompanhamento desses grandes temas. São projetos que exigem atenção, entendimento amplo da sua dinâmica e que em definitivo não podem passar despercebidos pela classe empresarial. De certa forma, prestamos para a comunidade um serviço complementar ao que normalmente seria atribuição e pauta de envolvimento direto das esferas de governo, em suas três versões.

2. Com o falecimento de pessoas com notoriedade na ação de defesa da Cidade, precisamos construir e fortalecer nossas lideranças de classe e políticas. Sabe-se que isso não acontece do dia para a noite. Na sua visão, quem são os grandes líderes e defensores atuais desta região, capazes de criar um coletivo para defender os interesses, não apenas da indústria e do comércio, mais da Cidade junto ao Governo do Estado?

Ítalo Ipojucan (Presidente da ACIM): Nos últimos anos perdemos pessoas de notável destaque e importância para nossa cidade. Foram pessoas que marcaram sua passagem aqui com ações que definiam bem o seu compromisso com a região. No meu ponto de vista, compromisso significa a condição do empresário e ou cidadão que aqui reside, ter o interesse e a capacidade de debruçar o olhar para a cidade como um todo. Participar dos desafios que a cidade nos apresenta, nas suas diversas formas. Cuidar pelo seu desenvolvimento, por melhorias na qualidade de vida de todos, seja no tocante à educação, saúde, obras estruturantes, geração de empregos e assim por diante. O importante é o compromisso de estar junto das grandes e pequenas causas da comunidade, ser solidário no enfrentamento dos desafios. Não me arriscaria a citar nomes, correria o risco de ser desleal com alguns que não citasse, mas diria que temos uma relação considerável de nomes que ajudaram a construir Marabá direta ou indiretamente e continuam firme até hoje nesse processo. São referencias para seus sucessores na empreitada. Muitos, de um passado mais recente continuam esse trabalho, um significativo número de jovens na esteira da sucessão empresarial se aprimoram a cada dia e garantem uma continua renovação na arte de exercer esse compromisso social.

3. Informes dão conta de que você esta atualmente sem partido político definido. Como a ACIM vai se conduzir no meio político sabendo do distanciamento entre Governador e o atual prefeito, distancia acentuada naturalmente por conta da disputa democrática do plebiscito sobre a criação dos Estados do Carajás e do Tapajós? Esses fatos, já percebemos na prática, têm-nos prejudicado enormemente. Sendo você uma pessoa coerente, como faremos essa reaproximação para que dela possamos trazer investimentos para a nossa Marabá?

Ítalo Ipojucan (Presidente da ACIM): A ACIM é uma entidade que defende os interesses da classe empresarial, portanto sem vinculação político-partidária, dessa forma fico muito à vontade para trabalhar pela entidade e comunidade empresarial sem estar necessariamente vinculado a partido político. Do plebiscito entendo que devemos extrair as valiosas lições deixadas, para que esse aprendizado possibilite o alinhamento do percurso futuro, corrigindo erros, diminuindo as distâncias. Isso é o que espero dos nossos lideres políticos. Observei as propostas do Governador eleito na campanha, ficou nítida sua determinação em implementar ações inovadoras nesse mandato. A descentralização da gestão foi uma das plataformas apresentadas, com isso o governo sinaliza para ações governamentais integrando mais as regiões distantes do centro de governo, uma presença mais forte e naturalmente o estreitamento do diálogo de forma que novos e promissores horizontes sejam factíveis. Nesse contexto se inclui a tão sonhada diversificação da nossa base produtiva.

4. A ACIM de uns anos para cá tem deixado de trazer seus holofotes ao comércio, atividade não menos importante que a indústria. Os empresários sentiram na pele como é ruim ser empresário em Marabá, no recente caso dos Fiscais da SEFA, coisa que poucos estados da federação. O empresário do comércio vive sufocado pela atual crise, por fiscalizações rigorosas do PROCON, do Ministério do Trabalho e da Secreta da Fazenda Estadual, com objetivo de arrecadar mais. O setor classista do comércio precisa ser reagrupar nos seus objetivos comuns e dar maior tranquilidade ao setor? Ítalo Ipojucan (Presidente da ACIM): Uma associação só é forte se seu corpo de associados é participativo, frequenta, marca presença e dá suporte. Disse na minha posse que a ACIM é a casa do empresário, seja ele micro, pequeno, médio ou de grande porte.

A constituição da ACIM hoje é representada por cerca de 96% de micro e pequenos empresários, comércio e serviços lideram as atividades. Assim sendo, é responsabilidade da entidade ter um olhar constante e vigilante para os problemas pontuais do setor, do universo dos seus associados. Aquele que aflige e toca o estabelecimento comercial no seu dia a dia. Esse é um quesito que daremos especial atenção, para tanto estamos criando as câmaras setoriais, composta por diretores de diversas áreas da ACIM e cujo objetivo é debater tais temas com as partes envolvidas, sejam elas da esfera municipal, estadual ou federal. Promover reuniões itinerantes nos bairros de forma a conhecer os problemas e dificuldades dos comerciantes dos bairros mais distantes e inseri-los na agenda da ACIM é outra meta – mas é vital que ele, o comerciante, participe efetivamente.

5. Muitos empreendimentos que aqui chegaram, foram muito bem vindos e bem acolhidos. Muitos não receberam incentivos municipais ou estaduais. Pelo número de empregos gerados é uma boa medida, mas, por outro lado, permitiu uma grande evasão de divisas dado que estas empresas não compram na cidade e enviam os seus lucros para a sua matriz. O senhor concorda que esse é mais um instrumento que reduz o volume monetário em circulação e a consequência é o fechamento de lojas, supermercados, escolas e etc?

Ítalo Ipojucan (Presidente da ACIM): Não concordo. Todo empreendimento traz ganhos e os distribui pela cidade de forma direta e indireta. O lucro das empresas é destinado de conformidade com a decisão dos seus sócios - se vão para matriz ou vão financiar outras lojas é uma questão que diz respeito ao empresário. A cidade ganha é com a geração de empregos, recolhimento de impostos, pagamento de salários, pagamento de fornecedores de materiais e serviços diversos, além de estimular a indução de novos empreendedores a também se instalarem na região. Observe os últimos movimentos do comércio de Marabá; Shopping, JC Distribuidora, Matheus, Havan, Lider, outros grupos já instalados e que ampliaram suas estruturas. A cidade caminha para ser um grande centro distribuidor, isso é positivo, só observar a nossa vizinha Imperatriz e os efeitos que tal movimento agregou no comércio local lá. Era previsível que em determinado momento o comerciante local teria essa concorrência instalada aqui. A chegada de grandes grupos é um processo normal que acontece com cidades que crescem e se transformam em referência de uma determinada região, é o caso de Marabá.

 
 
 

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Eduarda Araújo
Blogueira
Eduarda Araújo

Pós graduada em Gestão de Pessoas, atualmente Analista de Recursos de Infração e Blogueira. Executa trabalhos sociais de dança e teatro em instituições religiosas 

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