Fundo de Financiamento Estudantil 2015 é alvo de reclamações

O governo da presidenta Dilma Rousseff alterou, desde o dia 16 do corrente mês (16/03), as regras para a concessão do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES). Foram adotados novos critérios de seleção e o governo federal passará a controlar a disponibilização das vagas.

Para tentar esse financiamento é necessário estar inscrito no programa, ter passado no vestibular da faculdade e ter sido aprovado no programa para conseguir o benefício do financiamento.

No FIES o governo faz o pagamento da sua faculdade durante parte ou a totalidade do seu curso. Quando concluir você deverá pagar ao governo de volta, com taxas de juros menores praticadas pelo mercado, ou seja, de 3,4 por cento ao ano. De fato, obter o financiamento não é muito fácil e você pode até não conseguir, todos dizem que vale a pena tentar. Mas, se você está em uma instituição privada e tem dificuldade em pagar as mensalidades, este pode ser a sua saída ao invés de perder o curso.

A boa deste financiamento é que, quem tem o sonho de concluir o curso superior, não desistir é uma atitude importante, com esse instrumento o estudante terá até um ano e meio após a conclusão do curso para começar o pagamento das mensalidades e, na maioria dos casos as mensalidades do financiamento são em torno de R$ 50,00 (cinquenta reais) e, é claro, o prazo será longo para finalizar o pagamento.

Tomando para si as rédeas do programa o governo federal vai controlar as matrículas, antes controladas pelo setor privado. As matrículas passam a ser feitas diretamente pelo governo.

Volto a insistir numa coisa, se você conseguir o financiamento da totalidade de seus estudos, parabéns, o pagamento será muito mais fácil. Muitos dos financiados adotam o seguinte critério, o dinheiro que seria para o pagamento da faculdade, destinam a uma conta poupança, tornando assim muito mais fácil o pagamento ao governo.

DIFICULDADES NO CADASTRAMENTO DO FIES.

Em 2015, ano das manifestações populares, muitos estudantes reclamam das dificuldades de se cadastrarem e não conseguem a liberação do sistema do site. Há estudantes que tentam acessar o sistema há mais de um ano e meio e não conseguem. Parece uma loteria diante do que é mostrado na propaganda e o que acontece no plano real.

Alguns alunos procuram o financiamento pela primeira vez e outros, o aditamento junto as instituições particulares. É uma grande confusão o que está acontecendo com o FIES, esse problema é novo, ou melhor, vem mostrando a cara nestes últimos dois meses. Cabe ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, órgão que gerencia esse processo a solução para os problemas causados aos estudantes e as instituições de ensino.

Enquanto os problemas não são resolvidos, os alunos estão recebendo os boletos bancários de suas mensalidades, mesmo sem a garantia da liberação do financiamento. Aos que tentam acessar o sistema, a liberação de uma senha, recebem a mensagem de Erro M321 Fies 2015, com aviso "Limite de vagas para esse Campos/IES esgotado". Outro problema é o travamento da página e tudo volta à estaca zero.

Outra situação muito chata é que o portal da inscrição, constantemente sai do ar e, por vezes não aceita o CPF ou a senha do candidato ao crédito. Essas falhas ocorrem desde o dia 23 de fevereiro e tem deixado muita gente de cabelo em pé, assustadas e desesperadas. O encerramento das inscrição está programada para o próximo dia 30 de abril, passível de prorrogação dadas as falhas do sistema, essa posição cabe ao governo federal decidir.

O FNDE, órgão ligado ao Ministério da Educação reconhece a sobrecarga e as falhas do sistema, assegura que isto acontece por conta de ser, neste momento, muito grande a demanda e o sistema apresentou algumas falhas momentâneas. Mas, será regularizado rapidamente. Os alunos também podem acessar a linha direta 0800-616-161 que está atendendo, inclusive, nos finais de semana.

O FNDE esclarece que as solicitações de novas inscrições são liberadas por instituição de ensino e por curso, em ordem cronológica, ressalvados os critérios de qualidade, distribuição regional e disponibilidade de recursos. O FIES 2015, o novo, considera a qualidade dos cursos, atendimento pleno aos cursos nota 5 (nota máxima). Já nos cursos 3 e 4 são considerado aspectos regionais, como cursos e localidades que historicamente foram menos atendidos. Entendeu?

Também ocorre demora por conta da análise dos contratos existentes, são cerca de 42 mil contratos de 2014 e estes procedimentos são demorados. Bem, é assim que funciona a máquina burocrática. E tem mais, neste processo que envolve aluno, instituição, FNDE e instituição financeira, a coisa não está muito azeitada e problemas sempre acontecerão com um ou com outro elemento do processo.

Para realizar o cadastro está disponibilizado o site: http://sisfiesportal.mec.gov.br/index.html. É o Ministério da Educação o órgão avaliador do candidato e quem libera o financiamento de acordo com os vários critérios. O aluno depois de aprovado o seu financiamento deve procurar a Caixa Econômica ou Banco do Brasil, agentes financeiros. É exigido o Documento de Regularidade de Inscrição (DRI) que se consegue junto à faculdade, juntamente com os documentos pessoais e do fiador que deve ter um rendimento de no mínimo duas vezes o valor da mensalidade.

Entre as novas regrinhas do MEC, há o estabelecimento, isto é novidade, de renda familiar máximo bruto não superior a dez salários mínimos, quando antes, não havia o critério de renda. O financiamento pode ser concedido para custear 75 por cento da mensalidade do curso e a renda mensal do aluno poderá ser de até quinze salários mínimos. Se o financiamento for de 50% da mensalidade, o limite do rendimento mensal será de até 20 salários mínimos. Podem ser financiados 50, 75 e 100 por cento da mensalidade do curso superior particular.

As instituições de ensino e mesmo as mantenedoras das instituições de ensino, matriculadas no FIES podem participar em modalidades diferentes, "com limitação de valor" ou "sem limitação". No caso da limitação a instituição pode deixar de atender ao candidato e impedir a confirmação da inscrição. A adesão ao sistema pelas instituições de ensino é voluntária, cabendo a escolha da modalidade, de estipular ou não um limite para oferta de financiamento aos estudantes. Quando escolhe pela adesão com limite, ela informa o valor que deseja aderir e, à medida que os estudantes vão se inscrevendo, o valor da adesão vai sendo reduzido até chegar ao ponto em que não permitirá mais inscrições.

Se você tem renda mensal bruta de até 20 salários mínimos e uma pontuação mínima de 450 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e não ter tirado zero na redação, você pode conseguir o financiamento

Uma nova regra às instituições tem provocado brigas junto ao governo, tudo por conta de mudança da regra, em dezembro de 2014, determinando que o reembolso às instituições das mensalidades do aluno do FIES em oito parcelas anuais, até 2014 eram 12 parcelas. Em quatro anos as instituições deverão ter em mãos do governo de acordo com o curso, de 16, 20 ou mais parcelas, resíduo que retornará após a formatura do estudante. A rapadura é doce mais não é mole.

O atual ministro da Educação disse somente abrirá o FIES 2015 para novos contratos depois de concluída negociação do reajuste das mensalidades entre o Ministério e as instituições particulares de ensino superior. Se a educação é uma condição de elevação e de inclusão social que precisa ser atendida pelo governo e, se somos uma Pátria Educadora, esses problemas serão logo resolvidos. O problema do site já está corrigido.

A você candidato ao FIES boa sorte. Que sua vida neste programa transcorra com muita serenidade do governo.

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