Hidrelétrica de Marabá: audiência na ALEPA, entraves para licenciamento.
- Adriana Araujo
- 15 de abr. de 2015
- 2 min de leitura

Dep. Chamon - Foto: Ozéas Santos
A Assembleia Legislativa do Estado do Pará (ALEPA) realizou nesta segunda-feira (13/03) a Sessão Especial, proposição do Deputado Estadual João Chamon Neto, com o objetivo de debater vários aspectos sobre a construção da Hidrelétrica de Marabá. O evento contou com a presença de vários deputados estaduais e dos federais Beto Salame (PROS), Júlia Marinho (PSC) e Simone Morgado (PMDB), além do prefeito João Salame Neto e comitiva de vereadores municipais, tendo como convidados especiais o presidente da Eletronorte (Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A) Tito Cardoso Neto acompanhado de três diretores da empresa.
A Usina Hidrelétrica de Marabá é uma megaobra que o governo federal pretende construir, com custo estimado de R$ 12,4 bilhões e provocará alagamentos em pelo menos 12 municípios dos estados do Pará (05), Tocantins (05) e Maranhão (02).
O deputado João Chamon Neto autor da iniciativa desta audiência pública disse que o Pará está “escolado” após os problemas socioeconômicos envolvendo a hidrelétrica de Tucuruí e agora a de Belo Monte, no rio Xingu e saberá condicioná-los para as cobranças devidas.
ELETRONORTE
O presidente da Eletronorte, Tito Cardoso defendeu a construção da megaobra, cujo prazo para finalização é de 5 anos e 10 meses e gerará 10 mil postos de trabalhos. Para ele os maiores problemas que travam os planos desta obra faraônica são as terras indígenas das etnias Parkatêgê e Kyikatêgê que sofrerão alagamentos.
O diretor de planejamento e engenharia da Eletronorte, Ademar Palocci afirmou que não há outra forma de garantir energia elétrica mais barata, senão, criando mais fontes geradoras. Afirmou que os entraves finais sejam resolvidos até o final do ano em curso.
CONCLUSÃO
A hidrelétrica continua nos planos, não se cogitou uma data para início das obras, até porque, sabe-se, que há um obstáculo a ser superado, contornar o problema das áreas indígenas, protegidas pela Constituição Federal artigo 231 e parágrafos 1º, 2º e 3º. Enfim, a coisa vai ficar para 2017 ou 2018.
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