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Pesquisa revela que mulheres se criticam oito vezes ao dia


Que as mulheres são extremamente exigentes consigo mesmas não é novidade. Uma pesquisa, porém, conseguiu mensurar esse comportamento e constatar que, de fato, integrar o universo feminino não é nada fácil.

De acordo com um estudo do Vigilantes do Peso divulgado no início deste mês, as mulheres se criticam, em média, oito vezes ao dia. Os pesquisadores reuniram mais de duas mil representantes do sexo feminino e uma em cada sete entrevistadas admitiu fazer autocrítica regularmente. Cerca de 46% das mulheres ouvidas fazem comentários negativos sobre si logo pela manhã e outras 42% admitiram que nunca se elogiam. O excesso de peso lidera o ranking de autocríticas. Os comentários mais usados são “estou gorda” e “preciso emagrecer”. Reclamações quanto ao cabelo, vestimentas, personalidade e carreira também integram a lista.

O levantamento foi realizado no Reino Unido, mas a realidade no nosso País não é diferente. “A mulher brasileira vive uma jornada tripla, se dividindo entre as ocupações do trabalho, as de casa/família e as relacionadas ao lazer/cuidados consigo. Com isso, o nível de exigência aumentou, já que ela tem que estar envolvida em diversos aspectos”, afirma Renata Casemiro, psicóloga e analista de treinamento do Vigilantes do Peso. “Além disso, vivemos em um momento que a aparência física tem grande repercussão. Os hábitos mais saudáveis viraram pauta na vida dos brasileiros e não praticá-los corretamente virou mais uma autocrítica”, completa.

Os efeitos negativos vão desde os mais brandos até os mais sérios, que chegam a comprometer a saúde. “Existem pessoas que aproveitam esse descontentamento para realizar mudanças na vida, como iniciar um processo de emagrecimento saudável ou uma academia. Outras querem mudanças radicais e aderem hábitos poucos saudáveis, mas acabam se arrependendo e logo os abandonam. E por fim, existe um grupo que o efeito do comportamento só aumenta ao longo dos dias, podendo se transformar em uma tristeza profunda e, em alguns casos, em depressão”, explica Renata.

Para a professora de antropologia da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) Carla Cristina Garcia, a autodepreciação é mais do que um hábito para a mulher: é uma condição imposta pelo ambiente em que vive. “Elas são treinadas para isso em uma sociedade machista, onde se é avaliada unicamente pela aparência. Vivemos na ditadura do corpo perfeito. A mulher é treinada a entender que é menos do que o homem e simplesmente não é possível se sentir segura fora do empoderamento feminino.”

Pesquisadora na área de gêneros, Carla afirma que o homem também sofre pressões no patriarcado, entretanto elas não chegam nem aos pés do peso daquelas carregadas pelas mulheres. “Ele não é avaliado pela imagem, mas sim pelo que pensa e pelo o que possui. Pode ser gordo, magro, careca. Pouco importa”, aponta. O feminismo, segundo a professora, é a única forma de reverter esse quadro social, por meio de campanhas que revertam a falta de poder sobre si mesmas, que as conscientizem de que elas são muito mais do que seus corpos e que lhes devolvam a confiança, imprescindível para que sejam seguras de seu potencial. “Quando se tem autoestima elevada, a mulher pode tudo, não se deixa ser humilhada e sabe qual o seu valor, seu potencial e de que maneira pode ser feliz na vida.”

Fonte:http://www.dgabc.com.br/Noticia/1713140/pesquisa-revela-que-mulheres-se-criticam-oito-vezes-ao-dia


 
 
 

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Eduarda Araújo
Blogueira
Eduarda Araújo

Pós graduada em Gestão de Pessoas, atualmente Analista de Recursos de Infração e Blogueira. Executa trabalhos sociais de dança e teatro em instituições religiosas 

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