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Mitos sobre ansiedade


1. A ansiedade é unicamente um desequilíbrio químico

Nos dias de hoje, ainda há muitos profissionais da saúde que mantêm a ideia de que a ansiedade responde “exclusivamente” a um simples desequilíbrio químico de nosso cérebro. Cabe dizer que esta é uma meia verdade, ou melhor dizendo, um enfoque incompleto que não podemos considerar válido.

A razão? Sabemos que oferecer a um paciente um tratamento farmacológico para regular a produção de serotonina confere bem-estar à pessoa. Porém, a medicação, por si só, não consegue uma recuperação completa e nem duradoura. Em muitos casos a sintomatologia só regride enquanto a medicação é mantida.

A ideia de que a ansiedade se resolve só com química nem sempre é correta. Precisamos de mais estratégias que complementem o tratamento.

2. Se meus pais sofreram de transtornos de ansiedade eu também sofrerei

Este é outro dos mitos sobre a ansiedade mais comuns: atribuir a pré-disposição genética a todos os nossos problemas, doenças e transtornos. Pode haver um aumento do risco, uma pequena probabilidade, mas nunca uma determinação absoluta.

3. Se sofro de ansiedade, é porque estou fazendo algo errado em minha vida

O transtorno de ansiedade generalizada é uma das doenças mentais mais comuns. O impacto que tem na vida da pessoa é imenso, caótico e desgastante. Assim, e caso alguém do entorno desse paciente comente que esta realidade que sofre é sua responsabilidade por “fazer as coisas errado”, aumentará ainda mais o abatimento e reduzirá a vontade de encontrar soluções.

Em primeiro lugar, lembremos que a ansiedade, por si mesma, é parte da natureza humana. Porém, às vezes certos eventos ambientais, o entorno, nosso passado, nossa pré-disposição e a forma como enfrentamos e processamos nossa realidade determinarão o maior ou menor risco de desenvolver este tipo de transtorno.

4. Sou uma pessoa ansiosa, a ansiedade faz parte de mim e não posso mudar isso

Este é, sem dúvidas, outro dos mitos sobre a ansiedade que são mais recorrentes. Há quem pense que a ansiedade faz parte de sua própria personalidade e, portanto, não há nada a fazer, não haverá terapia e nem tratamento que possa remediá-la. Pensa que é assim e ponto. Identifica a ansiedade como parte de seu ser, como uma emoção inerente a sua personalidade.

Mudemos o enfoque e assumamos uma visão mais realista, lógica e otimista da ansiedade e de qualquer outro tipo de transtorno. Todos podemos integrar novos estilos de pensamento, gerenciar melhor nossas emoções, mudar condutas, hábitos e inclusive reprogramar nosso cérebro para dar-lhe calma, para melhorar seu foco…

5. O relaxamento profundo, por si só, pode resolver meu transtorno de ansiedade

Os transtornos de ansiedade não são resolvidos como quem tem a solução para um enigma: eles devem ser tratados. A palavra “tratamento” tem vários significados que é preciso ter em conta:

  • É um trabalho ativo por parte do psicólogo e, principalmente, do paciente.

  • O tratamento implica que a pessoa aprenda uma série de estratégias que aplicará sempre, não só até que perceba melhorias. Devemos assentar esse estado de recuperação para que perdure.

  • Por sua vez, é fundamental entender que para tratar a ansiedade não se recorre a um só enfoque. Porque tratamento também significa busca, significa combinação de diferentes estratégias: relaxamento profundo, psicoterapia, modificação de conduta, meditação, esporte, prática de novos hobbies…

Em resumo, o relaxamento profundo ajuda, mas outros recursos precisam ser usados para conseguir uma recuperação total e permanente. Poderíamos dizer que vamos precisar de mais estratégias nessa viagem para encontrar o que nos ajuda de verdade, o que nos permitirá aliviar o desespero, apagar os medos e manejar nossas preocupações de um modo mais válido.

Para concluir, os mitos sobre a ansiedade contribuem para entorpecer o trabalho terapêutico e a normalização de uma doença que pode ser tratada com sucesso. Não nos esqueçamos de que atualmente a ansiedade já é considerada uma epidemia, e que apresenta maior incidência na população mais jovem. Portanto, é preciso implementar medidas de prevenção, facilitar estratégias com as quais entender que a mente não tem motivo para ir mais rápido do que a vida.


 
 
 

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Eduarda Araújo
Blogueira
Eduarda Araújo

Pós graduada em Gestão de Pessoas, atualmente Analista de Recursos de Infração e Blogueira. Executa trabalhos sociais de dança e teatro em instituições religiosas 

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